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25 DE SETEMBRO DE 2006. POR LAURA PIMENTA

Brasil e EUA negociam abertura de mercado para carne brasileira

Buscando alinhamento estratégico da cadeia produtiva da carne, ABCZ promove encontro com autoridades norte-americanas e entidades de classe. Intenção é negociar abertura do mercado americano para produtos brasileiros Uma maior aproximação das lideranças brasileiras e norte-americanas. Este é o objetivo da reunião que será realizada hoje (25/09), em São Paulo/SP. Na oportunidade, o ex-senador americano, Javier Souto, reúne-se com o gerente de Relações Internacionais da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) Gerson Simão, o presidente do GIEFA (Grupo Interamericano para a Erradicação da Febre Aftosa) Sebastião Guedes e o representante da Miami Dade County, Manny Gonzalez. Na terça-feira (26/09), uma mesa-redonda marcará o encontro do grupo com o presidente da ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) Marcus Vinicius Pratini de Moraes. Entre os assuntos que deverão ser colocados na pauta de negociações estão: a erradicação da febre aftosa na América Latina e a inclusão da ABIEC no trabalho de negociação da abertura do mercado americano para a carne in natura do Brasil. ?Será uma visita para alinhamento das estratégias e avaliação das possibilidades de cooperação entre ABIEC, ABCZ, GIEFA e o condado americano de Miami Dade?, garante Simão. Os encontros darão continuidade ao trabalho de aproximação entre lideranças brasileiras e norte-americanas, iniciado em março deste ano, quando o diretor de Relações Internacional da ABCZ, José Rubens de Carvalho, juntamente com Simão participou em Washington, de reunião no USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) com autoridades daquele país. ?O objetivo do ex-senador Javier Souto é que Miami seja a porta de entrada preferencial no território americano para a carne in natura brasileira. Isso apoiaria a geração de empregos em toda a cadeia logística de distribuição da carne brasileira no país, assim que forem liberadas as exportações para os EUA?, revela o gerente da ABCZ. Gerson avalia que, a cidade de Miami apresenta vantagens logísticas incomparáveis e o conhecimento e relacionamento político do ex-senador, inclusive dentro do USDA, podem influenciar de maneira positiva a aceleração deste processo. Ele lembra que, a abertura do mercado americano será importante não só para a carne, mas também para outros produtos brasileiros como a genética, através de sêmen e embriões, além de sementes para pastagens e produtos veterinários. Durante a reunião, também será discutida uma ação para estruturar a cadeia de distribuição logística da genética e carne in natura brasileiras para o mercado americano no futuro. ?Caso o nosso país consiga atingir a meta de erradicar a aftosa no continente até 2010, esperamos que a infra-estrutura da cadeia entre os dois países já esteja pronta, pois quem estiver preparado para exportar para os EUA poderá acessar um mercado bilionário. Aproximadamente 60% do consumo da carne é feita através de hambúrguer. O Brasil produz a carne que o consumidor americano var consumir em 2010: rastreada, magra, mas com sabor e produzida a pasto, sem risco de vaca louca?, conclui o gerente de Relações Internacionais da ABCZ. Durante a passagem por São Paulo, o ex-senador Javier Souto, que acaba de ser reeleito para o seu quarto mandato como Comissionado de Miami Dade, assinará acordo para que os aeroportos de Miami e Guarulhos sejam considerados ?irmãos?, o que seria o primeiro passo para que a relação entre Brasil e Estados Unidos possa ser estreitada.

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