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16 DE MAIO DE 2006. POR LARISSA VIEIRA

GIEFA propõe taxar exportações para financiar a erradicação da aftosa na América do Sul

O Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa (Giefa) quer garantir fontes de financiamento permanentes do setor público e privado para o controle sanitário na América do Sul. O pedido está na ?Carta de Uberaba?, aprovada ao final do I Seminário Interamericano de Saúde Pública Veterinária, que aconteceu nos dias 27 e 28 de abril, dentro da programação da ExpoZebu 2006. Segundo o presidente do Giefa, Sebastião Guedes, a proposta é criar uma contribuição sobre as exportações, de forma que a cada tonelada exportada na América do Sul fossem destinados US$ 5,00 para o controle da febre aftosa, o que geraria uma receita de mais de US$ 9,66 milhões ao ano. Em cinco anos, os investimentos no setor alcançariam, portanto, R$ 48,3 mihões. O documento foi entregue pelo presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Orestes Prata Tibery Júnior, ao ministro da Agricultura, Pecuária a Abastecimento, Roberto Rodrigues, após o encerramento da solenidade de abertura a Expozebu. Os governadores Aécio Neves (MG) e Alcides Rodrigues (GO) também receberam a ?Carta de Uberaba?. Confira o documento na íntegra: CONCLUSÕES DO SEMINÁRIO INTERAMERICANO DE SAÚDE PÚBLICA VETERINÁRIA 27 E 28 DE ABRIL DE 2006 EXPOZEBU ? UBERABA/MG Por ocasião da 72° ExpoZebu, a ABCZ, PANAFTOSA/OPS, GIEFA, CNA, ABIEC E FICEBU realizaram o Seminário Interamericano de Saúde Pública Veterinária com a participação de chefes de serviço de defesa agropecuária do continente, lideranças do setor privado e representantes de organismos internacionais como BID/IADB e IICA, além de responsáveis pela defesa sanitária de diversos estados brasileiros. As conclusões e recomendações são: FEBRE AFTOSA A erradicação já decidida politicamente depende somente dos recursos adicionais para atender às prioridades definidas pelo plano GIEFA. É necessário que se confirmem as organizações nacionais para recepção dos recursos e gerenciamento da execução das atividades previstas. Um grupo de trabalho em 11 e 12 de maio em Tartagal na Argentina identificou no plano GIEFA as regiões para serem trabalhadas de imediato no ?Chaco? e nas fronteiras Paraguai-Brasil e Brasil-Bolívia. Também as entidades responsáveis, a origem dos recursos e os indicadores para monitoramento e avaliação serão definidas. Para o setor andino uma reunião do COTASA será usada para convocar os países prioritários da região com o mesmo objetivo. Foi ressaltada a importância da destinação de recursos públicos para educação sanitária e comunicação social a pequenos produtores e assentados, pois têm enorme significado na difusão ou manutenção das doenças no continente. SAÚDE PÚBLICA VETERINÁRIA E ZOONOZES Existe sub-notificação destas zoonoses. A coordenação intersetorial da saúde humana com agropecuária e a integração público-privada são essenciais para assegurar acesso de populações e comunidades carentes aos serviços de prevenção e tratamento. FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO VETERINÁRIA A coordenação da defesa pertence à autoridade pública federal e deve haver integração dos órgãos públicos com entidades privadas visando estruturar ou reestruturar os serviços de atenção veterinária. Para permitir a evolução da erradicação da aftosa, deve haver: · Disponibilidade de fontes de financiamento permanentes, · Pessoal qualificado e suficiente, inclusive reformulação do currículo escolar para defesa animal. · Disponibilidade de recursos materiais, como veículos, processamento e transmissão de dados, escritórios equipados e remuneração compatível, · Estabelecer relacionamento com troca de informação que possibilite a coordenação do trabalho entre os países da região, · Utilizar o estudo do IICA aprovado pela OIE e em aplicação em diversos países sobre fortalecimento do serviço veterinário.

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