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28 DE ABRIL DE 2006. POR RENATA THOMAZINI

Febre aftosa é ?doença medieval?

?Temos que cuidar da saúde pública veterinária, de zoonoses como a tuberculose, a brucelose, temos que pensar nessas doenças modernas, as IBRs, bovino diarréia vírus. Está na hora de liquidarmos com a fatura da febre aftosa porque estamos em um funeral prolongado. Temos que cremar esse cadáver dessa doença medieval?, afirmou o presidente do Grupo Interamericano de Erradicação da Febre Aftosa, GIEFA, Sebastião Guedes, durante o encerramento do 1º Seminário Interamericano de Saúde Pública Animal. O encontro foi realizado no Centro de Eventos Rômulo Kardec de Camargos nos dias 27 e 28 de abril, durante a Expozebu 2006. Vários representantes de órgãos de saúde animal internacionais estiveram reunidos em torno de assuntos que envolveram desde as dificuldades em relação ás zoonozes, até a necessidade de uma aliança das Américas em torno da erradicação da febre aftosa. ?O Brasil é um país com potencial gigantesco para produção agropecuária. Nossa condição nos dá uma responsabilidade muito grande em torno das questões sanitárias. Isso porque temos um compromisso sério com a qualidade do que produzimos e podemos expandir ainda mais nossos mercados?, disse o presidente da ABCZ, Orestes Prata Tibery Júnior. O diretor da Panaftosa, Miguel Genovese arrematou dizendo que as ações conclusivas para a erradicação da doença não podem ser mais pensadas apenas da porteira para dentro. ?Temos o caso da influenza aviar, por exemplo. Medidas de controle da migração de aves, de transporte e manejo de animais são imprescindíveis para se evitar a entrada desse vírus. Lidar com sanidade é coisa muito séria?, explica. Genovese ainda lembra que é por isso que o compromisso tem que ser de todos quando o assunto é sanidade. ?Os governos têm que se comprometer a dar condições para que as medidas sanitárias obtenham sucesso e o produtor tem que se envolver no processo com grande empenho na vacinação de seu rebanho. É essa união entre governo e iniciativa privada que dá certo?, define. Foram abordadas outras doenças durante o seminário, realizado em Uberaba (MG). Além da inluenza aviar, a raiva, a tuberculose e a brucelose estiveram na pauta. Medidas de apoio e formas de combate para as diferentes realidades dos 11 países participantes do encontro foram discutidas em dois grupos de trabalho. Ao final, foi redigido um documento que será encaminhado aos governos e organismos de defesa sanitária e afins desses países, para que as ações possam ser implementadas e adequadas. O 1º Seminário Interamericano de Saúde Animal, iniciativa inédita no país, aconteceu por um esforço conjunto entre Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Associação das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), Grupo Interamericano de Erradicação da Febre Aftosa (GIEFA), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Federação Internacional dos Criadores de Zebu (FICEBU), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Panaftosa /OPAS.

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