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27 DE ABRIL DE 2006. POR LARISSA VIEIRA

ABCZ propõe guerra hemisférica contra a febre aftosa

?A pecuária representa o avanço da economia brasileira, e não o atraso como insinuam certos gestores econômicos do governo. Questões sanitárias, como a erradicação da febre aftosa, deveriam ser prioridades em um país como o nosso, maior exportador de carne bovina do mundo. E prioridade não apenas dentro do país. Devemos também ajudar os países vizinhos para eliminar de vez o vírus da aftosa do Continente?. O alerta é de Orestes Prata Tibery Júnior, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), na abertura do Seminário Interamericano de Saúde Pública hoje (27 de abril), em Uberaba (MG). O encontro, que reúne os Ministérios da Agricultura e Pecuária de 11 países da América do Sul e representantes de toda a cadeia produtiva da carne bovina brasileira, propõe uma ação hemisférica para a erradicação da febre aftosa e fortalecimento da defesa sanitária animal. ?Vamos unir o governo, os organismos internacionais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Panaftosa, e o setor privado nessa guerra. Todos devem participar?, disse o presidente da ABCZ. Adriana Delgado, representante do BID, concorda com Tibery Júnior. ?A falta de coordenação entre os países do Continente e também entre os setores público e privado é o principal entrave para o combate à doença?, disse Adriana. O BID reconhece que a eliminação da aftosa depende de uma ação integrada e está disposto a apoiar todas as campanhas sanitárias e projetos com este objetivo. Os técnicos já sabem exatamente quais são os grandes ?ninhos? do vírus da febre aftosa espalhados pela América do Sul. Victor Saraiva, diretor da Panaftosa, citou os chamados ?pontos quentes?: os territórios da Venezuela e do Equador, as fronteiras do Brasil com o Norte da Bolívia e Nordeste do Paraguai, e a região do Chaco (áreas da Argentina, da Bolívia e do Paraguai). Salto nas exportações ?O maior pecado do atual governo é não reconhecer o talento da cadeia produtiva para produzir proteína?, disse Antônio Jorge Camardelli, superintendente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), durante o Seminário. Prova disso, segundo ele, é o grande salto das exportações brasileiras de carne bovina, que saíram de US$ 726 milhões em 2000 para US$ 3,1 bilhões em 2005. Dados da Abiec mostram ainda que o custo de produção da carne bovina no Brasil, que varia entre US$ 0,90 a US$ 1 o quilo, é hoje o mais baixo do mundo, inferior ao da Nova Zelândia (US$ 1,23) e ao da Argentina (US$ 1,30). Promovido pela ABCZ, o Seminário Interamericano de Saúde Pública e Veterinária, que conta com o apoio da Confederação Nacional da Agricultura e da Abiec, termina amanhã, dia 28 de abril. Mais informações: Assessoria de Imprensa da ABCZ Tel. (34) 3319-3824

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