Dono do maior rebanho comercial de bovinos do mundo e primeiro colocado no ranking das exportações de carne, com embarques da ordem de US$ 3,149 bilhões no ano passado, o Brasil corre o risco de perder posições duramente conquistadas no mercado internacional. A ameaça, concreta, é representada pelas vulnerabilidades que o país apresenta na área da sanidade animal. O alerta é de Paulo Reimann, presidente da Gelita South América, que cita como exemplo a atuação de empresas produtoras de gelatina, que atuam de forma irregular, recorrendo à emissão de certificados sanitários forjados ou falsos ? as chamadas exportadoras de ?raspas secas para o fabrico de gelatinas?. ?A prática de operações irregulares como essa coloca em jogo um mercado de 25 mil toneladas que o Brasil exporta anualmente?, alerta Paulo Reimann. O empresário lembra que o País é o grande provedor deste mercado, que gira em torno de 300 mil toneladas anuais em todo o mundo, movimentando algo em torno de US$ 3 bilhões. O espaço para o Brasil crescer no mercado de gelatinas é enorme, considerando-se as notórias vantagens competitivas que o País apresenta no terreno da produção animal, a começar pela fartura de recursos naturais como água, sol e terras aptas para o cultivo de pastagens. A gelatina, de outra parte, é um produto de crescente demanda em razão de suas propriedades funcionais (trata-se de uma importante fonte de proteínas) e de suas demais aplicações na indústria de cosméticos, farmacêutica e química. Fonte: Gelita