Café da manhã com produtos cultivados e transformados no campus, um tour pela fazenda escola, muita troca de experiência e assinatura de protocolo deram o tom na visita realizada esta manhã por quatro representantes da "AOC Raad" Conselho dos Centros Educacionais Agrícolas dos Países Baixos (Hans Blankestijn, Theo Koolen, Monique Witlam e Maarten van Woerden) à direção das Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU). O encontro sinaliza para parcerias entre os holandeses e a faculdade que surgiu há mais de 30 anos a partir da ABCZ que instituiu a Fundagri preocupada, inicialmente, em formar técnicos para atender à zebuinocultura nacional e mais tarde lançou também o curso de Agronomia e hoje oferece também engenharia de alimentos e outros quatro cursos: letras, secretariado executivo, licenciatura em computação e sistemas de informação, além da medicina veterinária, em parceria com a Uniube, instituição também visitada no período da tarde. Protocolo- O encontro na FAZU foi a primeira atividade do grupo em Uberaba nesta primeira viagem ao Brasil. O Instituto de Educação e o Conselho de Educação da Holanda que já realizam projetos em vários países do mundo pretendem conhecer o sistema de ensino e fazer um link também com a educação universitária brasileira, sobretudo na área do agronegócio. Um protocolo de intenções foi assinado prevendo no primeiro momento a vinda de universitários holandeses para a FAZU e em curto e médio prazo o intercâmbio de professores e condução de atividades de pesquisa envolvendo os dois dos países. A diretora geral da Fazu, Dionir Dias de Oliveira Andrade, considerou o momento como oportunidade importante para a troca de experiências e parcerias futuras. Ressaltou, ainda, o que representa perceber a superação das expectativas dos visitantes internacionais. ?É gratificante sermos reconhecidos modelo e referência para outros países?, disse ela. Impressão ? Os holandeses ficaram visivelmente impressionados com o que viram e o que ouviram e não fizeram questão d esconder a surpresa a começar com o tamanho da área da fazenda disponibilizada para as atividades acadêmicas. É que os quase 200 hectares de terra no campus da Fazu são infinitamente maiores que qualquer propriedade particular holandesa. O Núcleo de Excelência em Engenharia de Alimentos, assim como a estrutura e serviços do Hospital Veterinário e dos laboratórios existentes foram cenas que também despertaram as atenções dos holandeses que aparentaram gostar também da metodologia utilizada nas salas de aula, após pedirem para entrar em uma delas onde acontecia uma aula de anatomia. Em linhas gerais eles declararam, para justificar por quê só agora voltam as atenções para o Brasil, que o País está chamando muita atenção do exterior nesta área e que eles se interessam pelo processo como um todo, desde o plantio até à industrialização. Sobre os contrastes entre Brasil e Holanda, como clima, solo e perfil produtivo, afirmaram que este é um atrativo, a troca de experiências a partir das diferenças. Eles reforçaram a admiração pelo trabalho aqui desenvolvido - levando em conta, sobretudo as dimensões continentais do país - produzindo em tão larga escala, de forma tão organizada, crescente, rentável, com qualidade e dispondo de tanta tecnologia. Problema é transformado em lucro Entre as técnicas que vêm sendo desenvolvidas e que causaram boa reação dos holandeses foi exposta pelo coordenador do curso de Agronomia, Luiz César Drumond, para demonstrar a interação de alunos da FAZU com o mercado. Acadêmicos estão acompanhado trabalho considerado topo em tecnologia e que vem transformando em dinheiro o que era um problema. Resíduos de uma atividade estão sendo transformados em insumos em outra e algumas fazendas da região já produzem o biogás a partir de dejetos suínos para a irrigação das pastagens, gerando economia no sistema, enquanto os dejetos, estabilizados, são transformados em adubo. Antes os dejetos líquidos inevitavelmente iam parar nos rios.