Tecnologias de ponta, como o uso de marcadores moleculares na seleção de características de interesse para melhoramento genético dos bovinos, estarão em discussão durante o 6º Congresso Brasileiro das Raças Zebuínas, que será realizado pela ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) de 6 a 9 de novembro. Estudos realizados ao longo dos últimos anos sobre o genoma e técnicas altamente delicadas como a clonagem ou mesmo aquelas que são utilizadas há mais tempo, a exemplo da inseminação artificial e da transferência de embriões, ou mesmo a fecundação /in vitro/, entraram no âmbito do agronegócio com perspectiva de aumento de produção e de lucratividade. Recentemente, os marcadores moleculares surgiram para dar maior impulso ao desenvolvimento do setor agropecuário. Apesar de ainda não estarem sendo totalmente aplicados, podem representar um avanço considerável em um futuro próximo. No caso do setor pecuário, com esse mecanismo é possível selecionar animais com resistência a doenças ou que apresentem genes comprovadamente propensos ao ganho em peso, entre outras vantagens. José Fernando Garcia, da FAO/IAEA Agriculture and Biotechnology Laboratory, de Vienna (Áustria), e do Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular Animal da UNESP ­ Araçatuba, abordará o tema durante congresso da ABCZ. Garcia ainda falará sobre perspectivas e possibilidade de utilização dessa tecnologia na bovinocultura brasileira, com especial referência à raça nelore, que está amplamente difundida no rebanho do País. Para participar do evento, basta visitar o site www.abcz.org.br e clicar no ícone do Congresso para saber detalhes sobre a inscrição. Além das palestras, que abordarão desde ambiência e conforto animal, até mercado e certificação, o evento contará com mini-cursos sobre pecuária de precisão, noções de julgamento de zebuínos, inseminação em tempo fixo e manejo bovino. O tema desta edição do congresso, que acontece a cada três anos, é ?Pecuária sem barreiras?.