A abertura do comércio de animais vivos, embriões e sêmen bovino entre o Brasil e diversos países será discutido hoje (19/10), em Brasília (DF). O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Orestes Prata Tibery Júnior, vai solicitar ao secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Gabriel Alves Maciel, a revisão de vários protocolos sanitários que regulamentam a exportação de material genético bovino para outros países. Participam também do encontro, o vice-presidente da ABCZ, Jonas Barcelos, e o diretor de Relações Internacionais da entidade, José Rubens de Carvalho. O Brasil já exporta esse tipo de produto para locais como Uruguai, Argentina, Angola, mas faltam protocolos sanitários para uma grande lista de países vários deles considerados mercados de peso, como China, Estados Unidos, México e Austrália. A liberação do comércio bilateral tem reflexo direto no volume de exportação. Desde 2003, quando a ABCZ fundou juntamente com empresas do setor pecuário o consórcio de exportação Brazilian Cattle Genetics, as negociações para revisão dos protocolos avançaram. Como reflexo, as exportações de sêmen e animais vivos vêm crescendo nos últimos tempos. De janeiro a junho deste ano, cerca de 70.440 doses de sêmen foram exportadas. As maiores remessas seguiram para o Uruguai, Colômbia e Paraguai. No caso de animais vivos, o Brasil exportou 35.567 cabeças nos primeiros seis meses de 2005. Confira como está a situação de alguns protocolos sanitários: Paraguai, Argentina e Uruguai os brasileiros podem exportar para esses países sêmen, embriões e animais vivos. Angola É permitida a exportação apenas de sêmen bovino. Exportar animais vivos apenas mediante autorização, o chamado ?con permiso?, do governo angolano. Tailândia Só é autorizada a exportação de sêmen bovino desde que o governo tailandês conceda permissão prévia. Equador, Colômbia, Bolívia, Venezuela O protocolo prevê o comércio de sêmen e embriões. Índia O governo brasileiro assinou acordo para liberar apenas a importação de embriões, mas o processo ainda não começou. Para vários países, ainda é proibido exportar material genético e animais vivos: Panamá México Egito Austrália Peru Guatemala Estados Unidos Costa Rica China