Apesar do aparecimento de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul, o fato vem demonstrando ter sido um acontecimento isolado e uma fatalidade que vem sendo tratada com grande seriedade pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Orestes Prata Tibery Júnior comemora uma boa notícia encaminhada pelo Instituto Minero de Agropecuária (IMA) à entidade: Minas Gerais teve quase 98% de vacinação efetiva em todo o seu rebanho na primeira etapa do programa em 2005. "Minas possui o terceiro maior número de bovinos do Brasil ? mais de 20 milhões de cabeças ? e é uma grande responsabilidade para o Estado cuidar da sanidade desses animais, principalmente por almejar o status de Livre sem Vacinação", ressalta Orestinho. Atualmente, Minas Gerais ostenta a condição de Estado Livre de Aftosa com Vacinação junto a OIE. A ABCZ tem sido parceira do Mapa no incentivo aos produtores brasileiros quanto à importância da vacinação contra aftosa. O presidente da entidade reivindicou, ainda, por diversas vezes junto ao Governo Federal a liberação de mais recursos e maiores investimentos no setor agropecuário brasileiro. "É vital para o País cuidar da questão sanitária porque conquistamos credibilidade internacional quanto à qualidade de nossos produtos e não podemos dar margens para que isso mude agora", reflete Orestinho ao lembrar o potencial do agronegócio brasileiro em termos de espaço territorial, recursos hídricos e tecnologia de melhoramento genético do rebanho bovino. O comunicado do IMA à ABCZ sobre a vacinação em Minas Gerais destacou, ainda, que a cidade de Uberaba foi a que conquistou o maior índice de vacinação, com 99,77% do rebanho imunizado. Os demais municípios listados que possuem rebanho maior do que o de Uberaba também beiraram a marca, mostrando o empenho dos pecuaristas mineiros quanto à preservação da sanidade animal. O delegado Regional do IMA, Rony Adolfo Hein, destacou a próxima etapa de vacinação no Estado. "Ela terá início no dia 1º de novembro e esperamos a valiosa cooperação das entidades de classe para divulgação da campanha", diz. "Queremos cem por cento do rebanho vacinad. O produtor deve entender que esses cuidados são importantes também para garantir a sua própria lucratividade. Não é do interesse de ninguém ver rebanhos sendo sacrificados e investimentos conquistados com sacrifício pelos pecuaristas saírem pelo ralo. Precisamos também do apoio do Governo Federal para que o Mapa possa realizar seu trabalho com maior tranqüilidade", finaliza.