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14 DE JUNHO DE 2005. POR RENATA THOMAZINI

Brasil pode vender leite em pó e condensado para o México

O governo do México está preparando a auditoria que permitirá as indústrias brasileiras exportarem leite em pó e leite condensado para aquele país, informou hoje (14/06) o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Nelmon Oliveira. Segundo ele, esta semana o ministério vai consultar empresas interessadas em vender os dois produtos para o mercado mexicano. Na semana passada, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues liderou a terceira missão técnica que esteve no México para negociar a abertura daquele mercado para produtos lácteos brasileiros. Na oportunidade, as autoridades sanitárias mexicanas aprovaram as exportações de leite em pó e leite condensando. Agora, a intenção do governo e do setor privado é abrir o mercado também para outros produtos como queijos, leite UHT e leite evaporado (condensado, mas sem acúçar). As ações do governo brasileiro junto ao governo mexicano contam com a parceria da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL), Serlac Trading e a Associação Brasileira das Indústrias de Leite Desidratado (Abild). O presidente da Serlac, Alfredo de Goeye disse que a atuação do ministro Roberto Rodrigues foi decisiva no processo. ?O ministro teve pulso forte ao negociar os interesses do setor leiteiro frente às autoridades mexicanas. Além disso, teve sensibilidade de transformar a viagem ao México em um marco no avanço das negociações? afirmou Goye. O presidente da CBCL, José Pereira Campos Filho, reforçou as afirmações do representante da Serlac, mas ressaltou a importância de manter as negociações. ?Produtos importantes das cooperativas ainda ficaram de fora desta etapa e não vamos recuar até que esses produtos também sejam exportados para o México?, enfatizou Campos. O diretor do Departamento Econômico da CBCL, Vicente Nogueira, está otimista. ?Em que pese a questão do câmbio, o trabalho desenvolvido em conjunto pelo setor privado, as secretarias de Defesa Agropecuária e de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa e o Ministério das Relações Exteriores permitirá a conquista de outros mercados importantes?. Ao lado da Argélia, Rússia e China, o México é um dos maiores importadores de produtos lácteos do mundo. Segundo a CBCL, neste ano as compras externas do país devem superar a marca de 400 mil toneladas de leite e derivados, com valor aproximado de US$ 800 milhões. Os principais fornecedores são a União Européia, Oceania (Austrália e Nova Zelândia), Estados Unidos, Argentina, Uruguai e Chile. Ainda de acordo com a CBCL, o Brasil vai produzir 24,5 bilhões de litros de leite este ano e exportou US$ 95 milhões em lácteos para mais de 55 países em 2004. ?O Brasil tem aumentado a produção de leite numa taxa superior ao crescimento do consumo e em breve vai ter excedentes que precisarão ser vendidos no mercado externo, sob pena de deprimir preços no mercado?, comentou Vicente Nogueira. *Fonte: Mapa

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