A 71ª Exposição Internacional de Gado Zebu recebeu ontem (6/5) a visita do senador norte-americano Javier Souto. Depois de conhecer um pouco da história do zebu no Brasil no Museu do Zebu e receber exemplares sobre a ABCZ e o gado indiano, para compor a biblioteca do Senado dos Estados Unidos da América, Souto esteve com o presidente da ABCZ, Orestes Prata Tibery Júnior. O senador mostrou-se impressionado com a evolução do brahman e com o trabalho que os pecuaristas brasileiros fazem, por meio do melhoramento genético. ?É impressionante observar a dedicação com que esses animais são criados. O trabalho de seleção aqui está muito bem feito?, observou. O presidente da ABCZ e o diretor da entidade José Rubens de Carvalho, conhecido entre os pecuaristas como Rubikinho, falaram também ao senador sobre as questões sanitárias que envolvem Estados Unidos e Brasil, principalmente com relação à negociação de material genético e animais. ?As questões sanitárias são minuciosas. O Brasil não tem interesse em causar qualquer problema que estremeça o comércio entre os dois países. Mas, precisamos sentar e discutir melhor a questão das barreiras internacionais porque muitas vezes elas são políticas. A ABCZ quer mediar esses entendimentos, auxiliando o produtor para que ele esteja representado em assuntos que também são de seu interesse, como no caso da comercialização de material genético bovino?, disse Rubikinho. O senador Javier Souto mostrou-se propenso a intermediar as relações entre os dois países nesse sentido. No caso da carne processada que o Brasil exporta para o Estados Unidos, o governo brasileiro anunciou ontem à tarde que já está tomando as providências para atender às exigências feitas pelos técnicos norte-americanos durante a auditoria realizada no país de 9 de março a 14 de abril deste ano. D e acordo com o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Nelmon Oliveira da Costa, o governo decidiu suspender temporariamente as exportações de carne bovina industrializada para evitar que os EUA tomassem tal providência, alegando que o Brasil estava descumprindo o acordo de equivalência sanitária na área animal.