Demonstrando preocupação com a forma com que a clonagem está sendo comercializada no País, o diretor da ABCZ Nélson Pineda disse, na tarde de hoje (3/5), que não existe norma que direcione o registro desses animais pela entidade. A ABCZ é a delegada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para registro genealógico de todos os zebuínos e possui um banco de dados com cerca de 7 milhões de registros. Segundo Pineda, ?a ABCZ está organizando um grupo de inteligência para estudar a possibilidade de se encontrar os meios e a forma adequada de tratar o assunto?. O grupo deverá ser formado por dois representantes dos seguintes setores: pesquisadores, geneticistas, juristas e representantes do Mapa e da área técnica da ABCZ. ?Precisamos entender quais os valores éticos, comerciais e técnicos que devem cercar o assunto. Atualmente, não existe qualquer legislação que trate disso e o produtor não pode achar que comprando um animal registrado e clonando-o poderá registrar os produtos desse procedimento?, afirmou. Pineda ainda acrescentou que existem várias questões que devem ser levantadas acerca desse tipo de comércio. ?Clonar um animal cujo material genético será perdido devido à sua morte é justificável. Uma vez que existem exemplares de alto valor genético. Já o mesmo procedimento em outros casos precisa ser analisado com maior profundidade?, explicou. O diretor da ABCZ concederá amanhã uma entrevista sobre o assunto no Salão Internacional, localizado no interior do Parque Fernando Costa, logo após a coletiva que acontecerá no mesmo local, às 11 horas, que tratará de assuntos relacionados à Carta da ExpoZebu 2005? ? documento formulado por representantes do setor entregue ao vice-presidente da República, José Alencar, durante a abertura oficial da feira, em Uberaba (MG).