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22 DE MARÇO DE 2005. POR RENATA THOMAZINI

Programa de Produção Integrada recebe recursos de fundo setorial do agronegóncio

O Fundo Setorial do Agronegócio, administrado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), deve liberar nos próximos dias os R$ 700 mil referentes à primeira parcela dos R$ 2,1 milhões destinados à implantação do Sistema Agrícola de Produção Integrada da Cadeia da Carne (Sapi-Bov), coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Agricultura (Mapa). Nessa primeira etapa, os recursos serão aplicados nas ações desenvolvidas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo, onde se concentra cerca de um terço do rebanho bovino brasileiro, de 193 milhões de cabeças, informa o coordenador do Sapi, Joaquim Naka. Até o final do ano, o fundo deve transferir ao Sapi outras duas parcelas de R$ 700 mil. ?Usaremos parte dos recursos para implantar a produção integrada nas cadeias de carne bovina de Minas Gerais e Tocantins?, diz Naka. Além do MCT, o Mapa conta com as parcerias da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), Associação Brasileira de Novilho Precoce (ABNP), Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e da Secretaria de Agricultura do MT para executar o programa. Com o restante da verba de R$ 2,1 milhões originária do Fundo Setorial do Agronegócio, o Ministério da Agricultura pretende começar a implementar o Sapi nas cadeias produtivas de aves e de suínos, adianta Naka. A avicultura, a suinocultura e a bovinocultura compõem o tripé do complexo brasileiro de carnes. No ano passado, o setor exportou US$ 6,143 bilhões, sendo um dos principais responsáveis pelo faturamento de US$ 39,016 bilhões com as vendas externas do agronegócio, que proporcionaram um saldo comercial de US$ 34,134 bilhões. O Sapi foi criada para atender às crescentes exigências do mercado internacional por maior segurança alimentar. ?O objetivo do programa é oferecer as condições de metodologia e técnicas de manuseio desde a propriedade rural às gôndolas de supermercados para garantir a certificação, a identificação de origem e a rastreabilidade dos produtos agropecuários brasileiros?, explica Naka. Uma das principais plataformas de exportação do agronegócio mundial, o Brasil começou a adotar as normas de produção integrada para ampliar a sua participação no mercado global. A cadeia da fruticultura foi a primeira a implantar o sistema, por intermédio da Produção Integrada de Frutas (PIF), lançado em 2000. Em 2003, o Mapa começou a desenvolver o Sapi, focando suas ações inicialmente na área de produção animal. ?O programa permite identificar gargalos nos elos da cadeia produtiva e incorporar tecnologias para atender os requisitos de qualidade e sanidade exigidos pelo mercado?, ressalta Naka. A implementação do Sapi também passa pela capacitação de mão-de-obra. ?Vamos treinar técnicos e agentes multiplicadores para atuar no programa?, informa Naka. A exemplo da PIF, o Sapi é um sistema de livre adesão dos atores do agronegócio. No entanto, alerta ele, cada vez mais os importadores condicionam à compra de produtos agropecuários à adoção das normas de produção integrada. Fonte: Mapa

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