Português
10 DE MARÇO DE 2005. POR LARISSA VIEIRA

EXPORTAÇÕES DE LÁCTEOS DO 1º BIMESTRE SOMAM US$ 20,12 MILHÕES

A receita obtida com as exportações brasileiras de produtos lácteos atingiu US$ 20,12 milhões no primeiro bimestre de 2005, resultado 254,4% superior aos US$ 5,67 milhões registrados em igual período do ano passado. ?Esses números comprovam a competitividade do setor leiteiro nacional?, diz o presidente da Comissão Nacional da Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNPL/CNA), Rodrigo Alvim. Em volume, as exportações de lácteos somaram 11,83 mil toneladas no primeiro bimestre, 148,6% a mais que as 4,76 mil toneladas de janeiro e fevereiro do ano passado. ?Temos produtos diferenciados, como o leite condensado, que não é fabricado em todos os países com tradição na área de lácteos?, destaca Alvim. Dados relativos exclusivamente ao mês de fevereiro indicam receita de exportação de US$ 8,6 milhões com lácteos (frente US$ 2,46 milhões, em fevereiro de 2004), com remessas de 5,27 mil toneladas de produtos (contra 2,23 mil toneladas, em igual período do ano passado). Os números provam que o Brasil conseguiu ampliar o número de destinos dos lácteos nacionais. No mês passado, US$ 2,5 milhões foram obtidos com remessas de leite em pó para a Argélia. A Angola comprou US$ 623 mil de leite condensado e a Coréia do Sul importou US$ 947 mil de mussarela do Brasil. As exportações de lácteos estão em crescimento, mas a valorização do real frente ao dólar permitiu o aumento das importações, lembra Alvim. No primeiro bimestre de 2005, as compras brasileiras de lácteos no Exterior geraram despesa de US$ 21,37 milhões, contra US$ 11,27 milhões, em janeiro e fevereiro do ano passado. ?É preocupante a questão do câmbio, favorecendo as importações, o que não ocorreu no último ano. O que nos deixa aliviados é que as exportações permanecem em ascensão, provando que o setor lácteo brasileiro é competitivo. Mas a continuidade desse crescimento depende de haver um reequilíbrio na taxa de câmbio.?, diz Alvim. No primeiro bimestre, o saldo comercial da balança de lácteos foi negativa em US$ 1,25 milhão, frente US$ 5,6 milhões, em igual período do ano passado. Rodrigo Alvim destaca a importância de ações como a adoção de novo compromisso de preços mínimos de importação de leite em pó firmado com indústrias da Argentina, no final do mês passado. A medida, estabelecida pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) evita uma possível retomada da prática de dumping, ou seja, a venda de lácteos com preços abaixo do custo de produção no mercado brasileiro, explica Alvim. A medida atende solicitação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entidade peticionária da ação antidumping. A primeira vez em que o Brasil adotou medidas antidumping na importação de leite em pó da Argentina foi em 2001, com duração de três anos. Em fevereiro de 2004, ao final do período de vigência da primeira edição da medida de combate ao dumping, a CNA entrou com pedido de revisão do processo. Desde que foram adotadas as medidas antidumping, Brasil e Argentina ampliaram suas exportações globais de lácteos, reforçando o Mercosul como pólo do setor. Fonte: CNA

A ABCZ utiliza somente os cookies necessários para garantir o funcionamento do nosso site e otimizar a sua experiência durante a navegação.

Para mais informações, acesse a nossa Politica de Cookies

Aceitar