Português
17 DE FEVEREIRO DE 2005. POR LARISSA VIEIRA

Europeus devem inspecionar produção pantaneira de carne bovina

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, reafirmou o compromisso do governo federal de apoiar o Mato Grosso do Sul para que a União Européia autorize as importações de carne bovina dos 14 municípios do Pantanal impedidos de negociar com aquele mercado. O assunto foi discutido ontem (16/02), em Brasília, durante audiência de Rodrigues com o governador do MS, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, parlamentares, secretários estaduais e representantes da cadeia produtiva da bovinocultura sul-mato-grossense. ?Queremos que os 14 municípios pantaneiros sejam incluídos no roteiro da missão técnica de União Européia agendada para inspecionar o Mato Grosso do Sul em abril deste ano?, disse o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Gabriel Maciel. Segundo ele, a visita dos inspetores europeus é fundamental para que o bloco econômico suspenda o bloqueio às importações de carne bovina do Pantanal. ?Essa restrição é injusta?, assinalou o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Márcio Portocarrero. Um dos principais produtores brasileiros de gado, o MS tem um rebanho de cerca de 25 milhões de cabeças. Do total, 10 milhões estão em 14 municípios pantaneiros que antes formavam uma das zonas tampão (área de proteção) contra a febre aftosa do Circuito Pecuário Centro-Oeste. Apesar de o estado ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de aftosa com vacinação desde 2001, a União Européia não liberou as exportações de carne bovina dos 14 municípios do Pantanal. ?A decisão européia causa enormes prejuízos a nossa economia porque impede as exportações de carne bovina de uma área com um rebanho de 10 milhões de cabeças?, destacou o secretário de Produção do MS, Dagoberto Nogueira. Os 14 municípios são responsáveis pelo abate mensal de 70 mil reses. O número de animais abatidos mensalmente no estado chega a 360 mil. De acordo com Nogueira, a restrição européia prejudica às cadeias produtivas do boi verde e do vitelo pantaneiro. Hoje, o MS responde por 42% das exportações brasileiras de carne bovina. Nogueira acredita que o fim do embargo deve contribuir para aumentar a participação do estado no comércio de carne bovina para o mercado externo. Fonte: Mapa

A ABCZ utiliza somente os cookies necessários para garantir o funcionamento do nosso site e otimizar a sua experiência durante a navegação.

Para mais informações, acesse a nossa Politica de Cookies

Aceitar